A alimentação saudável das crianças começa desde a gravidez, desde que estas são pequenos feijõezinhos na barriga das mães. Contudo, a construção de hábitos alimentares saudáveis é uma jornada contínua para percorrer em família e por isso deixamos-lhe 6 conselhos para promover a alimentação saudável nas crianças.
- Estabeleça uma rotina de refeições
Estabelecer rotinas e horários para as refeições é fundamental, e um dos primeiros passos para que a criança tenha uma alimentação saudável. Incentivar, por exemplo, a criança a tomar o pequeno-almoço e a fazer os seus lanches evitará que esta fique com fome durante a manhã e a tarde e que, consequentemente, peça alimentos menos saudáveis ou coma mais do que o desejável às refeições principais. Adicionalmente nesta rotina também se devem incluir as refeições em família, que são momentos de estímulo, afeto e aprendizagem para a criança!
- Disponibilize!
Outro ponto principal na alimentação saudável é a disponibilidade alimentar, isto é, as crianças comem ou escolhem os alimentos que estiverem mais disponíveis e ao seu alcance. Isto é, se, por exemplo, a criança não souber cortar a fruta, não existir fruta cortada e acessível em casa e existirem bolachas de chocolate, é mais fácil (e prático) para a criança optar pela opção menos saudável!
- Seja o melhor exemplo
Mais do que qualquer princesa ou super-herói, os pais (e a família) são o principal modelo dos filhos. Neste ponto, é essencial ter em atenção que uma das formas de aprendizagem mais importantes é a chamada “aprendizagem por observação”, na qual a criança observa o comportamento dos pais e tenta imitá-lo. Assim para que a criança tenha uma alimentação saudável é essencial que os pais também a pratiquem.
- Dê a experimentar
Forçar a criança a comer pode não ser a melhor estratégia, por isso pode adotar a “regra do experimentar”. Isto é, faça um contrato(poderão mesmo elaborá-lo em conjunto em papel com direito a pinturas e ilustrações) no qual a criança se comprometa a experimentar todos os alimentos antes de decidir que não gosta de um determinado alimento. Como contrapartida, os pais deverão estimular a sua autonomia e a sensação de ser “crescido”, preparando o alimento em questão de forma fácil para que estas consigam comer sozinhas.
- Promova a participação.
Uma das atividades mais importantes no contexto da educação alimentar é envolver a criança na preparação dos alimentos. Ajudar os pais a preparar uma salada ou uma sopa, para além de fortalecer a responsabilidade e autonomia, pode tornar-se num momento divertido de aprendizagem e até de mudança de comportamentos. Tendo em conta que as crianças se interessam mais por aquilo que elas próprias criaram, existirá uma maior probabilidade de quererem provar ou até gostarem do alimento/prato que ajudaram a preparar.
- Aposte na criatividade (e na diversidade)
A apresentação do prato influencia bastante a sua aceitação por parte das crianças (já todos ouvimos dizer que as crianças comem com os olhos!). Ainda que as apresentações muito criativas (formatos de bonecos por exemplo) não devam ser uma regra, muitas vezes a variedade de cores e de formas já são suficientes para atrair a atenção e o apetite da criança.I
Inês Pádua, PhD, Nutricionista Fisiotrimtrim