O desenvolvimento cerebral observado nos primeiros anos de vida da criança é preponderante para o seu futuro a nível físico, cognitivo, emocional e social.
No passado, alguns cientistas pensavam que o desenvolvimento do cérebro seguia um padrão biologicamente predeterminado. Hoje, sabe-se que as experiências têm uma vasta influência na forma como os circuitos cerebrais são ativados. Assim, a qualidade das relações nos primeiros 3 anos de vida tem um impacto profundo e duradouro na evolução do cérebro e consequentemente na forma como a criança aprende, lida com o stress e regula as emoções.
Após os 3 anos, período crítico que coincide com a vulnerabilidade cerebral à ausência de estimulação, a janela de oportunidade começa a decrescer. Assim, é desejável oferecer um ambiente seguro, uma comunicação eficaz que se inicia ao nascimento e se prolonga por toda a vida, relações consistentes e seguras e uma interação pautada pelo toque, troca verbal e musical.
A experiência multissensorial é a chave para um desenvolvimento cerebral pleno: falar como o bebé, ler todos os dias, cantarolar e repetir lenga-lengas são ótimas estratégias que intuitivamente muitos pais colocam em prática.
A melhor aprendizagem é aquela que se desenvolve pela sintonia com os estímulos humanos, pela troca de olhares, sons e toques. Os bebés são extremamente responsivos ao movimento – o embalar, o balancear e o ser apenas pegado são atividades muito enriquecedoras e prazerosas por muito simples que possam parecer.
Nunca é demais lembrar: falar, cantar, brincar e ler são as atividades chave para edificar um cérebro infantil!
Dr.ª Ana Rita Monteiro – Psicóloga Clínica
Autora do Blog “Desenvolvimento Infantil” odesenvolvimento@gmail.com
Em colaboração com a Fisiotrimtrim